Jack Bauer e o horário de verão
É só chegar o horário de verão e eu sinto como se tivesse me mudado para o Japão, perdida, perdida. Quando acordei no domingo, às 10 horas, biologicamente ainda eram 5 da manhã e as próximas horas passaram como se eu tivesse acionado o botão fastforward do controle remoto.
É só um detalhe no ponteiro do relógio que transforma toda uma rotina programada e completamente inflexível como a minha:
35 minutos para o banho e demais rituais de beleza / 30 minutos para as refeições do dia (somadas) / 1 hora de atividade física / 20 minutos para pensar em assuntos de maior urgência (como a temperatura em Mossoró ou Nova Iorque) / 1,5 para checar essa temperatura na internet + 20 minutos reservados com a dispersão que, invariavelmente, se segue na internet / 8 horas para trabalhar / 6 horas para estudar / 6 horas para dormir / 1 hora para observar a fazenda de formigas e registrar seu cotidiano.
Ainda assim não me considero uma refém do relógio. É só tomar cuidado para que os 20 minutos reservados para pensar em assuntos de maior urgência não comprometa a observação de insetos e vice-versa.
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Não foi possível exibir a seção especial sobre a fazenda de formigas neste post porque nenhuma apareceu. Prometo nunca mais usar a palavra formiga no blog.