domingo, 25 de novembro de 2007
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Sobre pactos de sinceridade e seus métodos
Depois do quinto copo de cerveja, ele resolveu não mais pensar no assunto. O assunto era a bebida, e não a vida (como prega a filosofia botequística). Pensar um tema tão fortuito, fazia-o se sentir ainda mais pequeno e perdido no mundo. As frases se misturavam.
_ Para os celtas, a cerveja era considerada o pão da alma.
_ Deve ser mesmo. Desde caí no bar uma vez por dia, minha silhueta sumiu. Muito carboidrato líquido.
_ A cerveja é a bebida da sinceridade, isso sim.
_ Não, não! Melhor. A cerveja é o elixir da verdade.
E ele só observava. Não queria pensar nisso. Ouvia histórias de vidas inteiras que se transformavam depois de uma rodada generosa de cerveja.
_ A cerveja é um ritual de passagem da adolescência para a vida adulta.
_ Eu não lembro quando comecei a gostar. De repente nem é mais amargo.
Um fim de semana qualquer (alguns antes de estar na mesa do bar, agora) ele se surpreendeu com o que ouvia saindo da própria boca. Na falha da peça encefálica que censura o que dizer, ele ouvia o que realmente pensava. O susto de saber o que se pensa é maior do que qualquer embriaguez.
_ A bêbado de cerveja é mais ruidoso, li isso em algum livro do Milan Kundera.
_ Prefiro a embriaguez do vinho, é erótica.
Ele pensava nos filmes de Hollywood em que todo mundo casa bêbado em Las Vegas. Não deveria ser culpa da cerveja.
_ Só falo se você prometer que terá amnésia etílica amanhã.
_ Diga o que quiseres.
_ Para os celtas, a cerveja era considerada o pão da alma.
_ Deve ser mesmo. Desde caí no bar uma vez por dia, minha silhueta sumiu. Muito carboidrato líquido.
_ A cerveja é a bebida da sinceridade, isso sim.
_ Não, não! Melhor. A cerveja é o elixir da verdade.
E ele só observava. Não queria pensar nisso. Ouvia histórias de vidas inteiras que se transformavam depois de uma rodada generosa de cerveja.
_ A cerveja é um ritual de passagem da adolescência para a vida adulta.
_ Eu não lembro quando comecei a gostar. De repente nem é mais amargo.
Um fim de semana qualquer (alguns antes de estar na mesa do bar, agora) ele se surpreendeu com o que ouvia saindo da própria boca. Na falha da peça encefálica que censura o que dizer, ele ouvia o que realmente pensava. O susto de saber o que se pensa é maior do que qualquer embriaguez.
_ A bêbado de cerveja é mais ruidoso, li isso em algum livro do Milan Kundera.
_ Prefiro a embriaguez do vinho, é erótica.
Ele pensava nos filmes de Hollywood em que todo mundo casa bêbado em Las Vegas. Não deveria ser culpa da cerveja.
_ Só falo se você prometer que terá amnésia etílica amanhã.
_ Diga o que quiseres.
Depois do quinto copo de cerveja, ele resolveu parar de contar.
Postado por Daniela Kopsch 6 comentários
domingo, 11 de novembro de 2007
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